As manifestações do inconsciente ocorrem, como o nome já diz, fora da consciência imediata. Por ser a parte mais profunda e obscura da mente, não é acessado facilmente. Os conteúdos recalcados somente ganham acesso à consciência sob condição de estarem “disfarçados”, porém, há algumas formas de se investigar o que o inconsciente deixa vir à tona, como por exemplo, os sonhos. Os sonhos eram a “estrada real para o inconsciente”. Freud acreditava que os sonhos eram expressões simbólicas dos desejos e conflitos inconscientes. A interpretação dos sonhos era uma ferramenta fundamental na psicanálise para acessar e compreender o inconsciente.
Freud também estudou os chamados atos falhos, como lapsos de memória, erros de fala (ou “atos falhos”), e outros deslizes que ocorrem no dia a dia. Ele via esses fenômenos como reveladores de conteúdos inconscientes que estão tentando se manifestar. O inconsciente também pode se manifestar através de símbolos e metáforas em nosso comportamento. Por exemplo, uma pessoa que constantemente se atrasa para compromissos importantes pode estar expressando um conflito inconsciente em relação a esses compromissos. Outro ponto interessante é o humor, que também pode ser uma expressão do inconsciente. Por exemplo, piadas e chistes podem revelar atitudes inconscientes em relação a certos temas ou situações.
Entender as manifestações do inconsciente é crucial na psicanálise, pois acredita-se que a exploração desses elementos pode levar a uma compreensão mais profunda do indivíduo e à resolução de conflitos psicológicos subjacentes. Vale ressaltar que a teoria psicanalítica é uma abordagem específica e outras correntes da psicologia têm visões diferentes sobre a natureza e a importância do inconsciente.