A psicanálise é um método de investigação interpretativa dos processos mentais que busca evidenciar o significado inconsciente das palavras, atos e produções imaginárias de um indivíduo tendo em contrapartida a “associação livre”.
A Associação Livre é a técnica principal elaborada pelo criador da psicanálise, Sigmund Freud, que consiste em encorajar o indivíduo a expressar seus pensamentos, sentimentos e imagens de forma livre, sem censurar ou filtrar nada.
Um dos objetivos da psicanálise é a busca às informações do inconsciente, que pode vir a revelar conteúdos reprimidos ou desconhecidos, conflitos internos, memórias traumáticas ou desejos reprimidos, ajudando a aliviar os sintomas de angústia, depressão e ansiedade.
O autoconhecimento, a maturidade emocional e o resgate da qualidade de vida também são objetivos de quem busca a psicanálise como tratamento.
Na psicanálise evita-se o diagnóstico, pois só um psiquiatra pode diagnosticar. Ele vai utilizar como base o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM) que é o dispositivo oficial de traçar os diagnósticos psiquiátricos nos Estados Unidos, sendo utilizado em grande escala no mundo e, tendo assim, grande influência sobre a Classificação Internacional de Transtornos Mentais da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Assim como um psicanalista não diagnostica, ele também não receita remédios. O melhor remédio para a psicoterapia é quando o paciente quer realmente enfrentar suas questões emocionais. Começa no aprendizado para nomear sentimentos, o que muitas vezes é difícil, pois normalmente deixamos de lado essas questões pois isso é coisa de “gente louca”.
Por incrível que pareça, em pleno século 21, ainda há quem ache que terapia é coisa de gente “maluca da cabeça”. Não há maior crença do que essa. Por que então quando a pessoa está com sobrepeso, ou buscando uma melhor qualidade de vida, ela procura uma academia de musculação, uma atividade física ou um nutricionista? Ou quando a pessoa está com dor de dente, ela procura um dentista? Ou até mesmo nas questões profissionais, um aprimoramento de suas habilidades e a busca de cursos que ajudem a subir na carreira? Mas então por que nossas angústias, ansiedades e sofrimento deveriam ser diferentes de uma busca para o entendimento do funcionamento de nossa mente? Sempre há um ponto de contrapartida que acaba por desenvolver certos comportamentos emocionais. É nesse ponto que entra o terapeuta. Não importa qual linha de psicoterapia seja escolhida, a terapia começa por nós e nossos conflitos, nossas fragilidades, nossa sensibilidade.
Pode ser que os conflitos não desapareçam, mas mas com a ajuda de um terapeuta, podemos identificar e saber lidar melhor com os gatilhos, com algo que desperte uma reação, um comportamento. Pode-se até ter um alívio momentâneo com uso de medicamentos, mas se o sintoma persiste, há algo a mais que precisa ser feito além da medicação.